quarta-feira, 29 de abril de 2009

Acontecimentos!

# 3 Festa PB Rock com as bandas:

Sandro Garcia & Enigma Central Park

Madalena Moog

Blue Sheep

Onde? Música Urbana (próximo do antigo Cine Municipal)

Quando? 02 de Maio, das 14:00 em diante

Quanto? FREE



Quinta do Vinil no Espaço Mundo!

Entrada Franca
Bebidas geladas e baratas
Levem seus discos!
30/04 (quinta), as 18h!

ESPAÇO MUNDO
Praça Antenor Navarro, Centro Histórico

domingo, 26 de abril de 2009

simplesmente... Burro Morto!

Acabei de voltar de mais um show de uma das bandas mais bandas da Paraíba. Inclusive, perdoem-me a falta nesse blog durante esse mês, mas com certeza volto agora em grande estilo.

Pois é meus caros druguinhos (rsrs), agora vos falo do Burro Morto.

É bom pra quem não sabe, colocar na cabeça agora que o nordeste é celeiro de experimentalização, doideira, porra-louquice, viajem. Ontem tinhamos o Jaguaribe Carne e os Novos Baianos, hoje temos Nação Zumbi, Mundo Livre, Chico Correa, Cabruera e Burro Morto. É aqui, nesse pedaço de país que se encontra a maior força criativa da nação, com sua sede pelo diferente, pelas nuances.
Não apenas somos influenciados pelo que vem de fora, mas conseguimos canalizar essa influência para algo novo, que ainda não existia, lembrando sempre do fator infinito.

De Fela Kuti a Mars Volta, os caras do Burro Morto simplesmente sabem demais o que fazem e eu não arrisco quando digo que essa sim, meus caros, é uma banda de verdade, pronta pra fora e pra dentro, pro preto e pro branco, ainda mais pro colorido.
Música instrumental, onde se encontra a voz principal nas teclas de Haley, que é o místico da parada. Místico esse muito bem acompanhado por outros "druídas doideras", segurando a onda quando é preciso e soltando quando é necessário!
Daniel, Léo e Ruy comandam uma dinâmica perfeita de banda, e assim, vão apenas "índicando" o caminho pra o público seguir. Essa é daquelas bandas que você bate o olho e saca que tem estilo próprio. E não só é ma coisinha não, é a banda inteira. Som marcante mesmo, adorado inclusive em várias partes do país.
Conexão Vivo, Pixinguinha, shows em São Paulo, e assim os caras vão mostrando as caras pro resto do Brasil, encantando... encantando e podendo mostrar a força que o nordeste tem, sendo mais um modelo entre alguns outros na nossa Paraíba.
Em suas apresentações simplesmente fica difícil bater palmas, por que você é pego de surpresa todo o tempo. E, acredito eu, que show bom é quando você tem algo que não sabe que vai ter... por que pagar pelo que já é totalmente esperado não tem graça. Quando tem surpresas é bem melhor.
Léo toca no Cabruêra também, é notável a influência do rock no seu modo de tocar, Daniel também tem gosto pelo progressivo desde os idos tempos de Dalila (No Caos), Ruy segura muito bem um afrobeat, tem técnica e dinâmica, e Haley... esse é quase acadêmico no assunto, desde que tocava dubs no Território Bar. Fica aqui a humilde dica pra aumentarem as jams e partes improvisadas. Deixariam o show mais perfeito ainda.
O CD Varadouro, com 7 músicas, tá a venda no onecellrecords. São 4 músicas já divulgadas numa versão de pré-produção que saiu na net e mais 3 extras. Há rumores de uma prensagem em breve.
Por todas essas qualidades citadas, devemos ter orgulho da produção cultural Nordestina e Paraibana. Devemos ter orgulho do Burro Morto, que nos representa muito bem.
Espero poder resenha-los mais, e que essa não seja a única vez que apareçam por aqui.
Pedra pra frente!

Varadouro à venda em formato digital - www.onecellrecords.com
Confira agenda de shows, músicas, fotos, vídeos em:
www.myspace.com/burromorto

Por: JK
Fotos: Rodrigo Dai e Alessandro Potter

sábado, 18 de abril de 2009

Inauguração do ESPAÇO MUNDO

Coletivo Mundo Inaugura novo espaço pra a cena alternativa em João Pessoa!

CULTURA INDEPENDENTE AGORA TEM ESPAÇO!
Festa de inauguração do Espaço Mundo.

BURRO MORTO
OS REIS DA COCADA PRETA

Discotecagem com CARLOS DOWLING

Exposição de SHIKO

+Mostra Audiovisual

25 de abril (sábado)
20h
FREE !

ESPAÇO MUNDO
Praça Antenor Navarro, Centro Histórico
(Antigo Gabinete de Fuba
Por: Coletivo Mundo

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Agenda Eleonora Falcone

Segue a agenda da cantora Eleonora Falcone, que estará divulgando seu mais novo CD, Eu tenho um pedaço de sol que guardo comigo desde menina, pelo interior da Paraíba e Ceará.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Revolante!!!


Saudosas alvíssaras retumbantes!

Mundo, mundo, vasto mundo, valei-me. Tremei. Tomai e bebei! Isso tudo porque eis que depois de um longo e tenebroso inverno, temos de volta uma justificativa imperativa e hiperativa para a recreação madrugal e festiva coletiva!! Todos, num momento absolutamente plural, pois esse sábado, dia 4 do 3, a Volante Filipéia Orrrrrrgulhosameente Apreseeeeeentaaa:

Revolante

Revolante tudo. A guariroba. A volta dos que não foram, dos que foram e de quem não sabe de onde vem nem pra onde vai. Uma festa conspirada e provocada pelo seu coletivo de discotecagem e palavreado desconcertado, a equipe de som desembestado que pra relaxar arranca toco e pra tirar onda quebra pedra, os elementos que tocam tudo que os outros têm vergonha de tocar, a Volante Filipéia. Um motivo para rebolarmos as almas e alegrarmos os corpos em meio a pessoas regozijantes e sorridentes numa pista de dança. Discotecagem, alegria e bem-estar boêmio-festivo em grupo.

Como se fosse pouco, temos ainda mais muito. Fazendo do evento uma razão a mais de contenteza pra todos, temos esse sábado uma concupiscente, condescendente e indolente atração em nosso convívio: o Burro Morto! Parceria treme-terra na última festa da Volante, o Burro morto é uma das melhores coisas acontecendo em João Pessoa em termos de lombra musical, promoção da extroversão sorrisiente e universalização do Varadouro.

Além disso, a festa esse sábado é na casa grande. Da senzala para o mundo, a Volante esse fim de semana é na casa grande da Escola Piollin (que, pra quem não sabe, já foi um engenho), espaço bonito de trabalho mais bonito ainda, como Escola e posto avançado de subversão Cajazeirense em João pessoa. Chegar lá é fácil, fácil: desce a rua ao lado da Bica até chegar no portão da Escola. Depois entra nesse portão.

Finalmente, para deleite e diletância de todos aqui endereçados, vai em anexo a filipeta filipéica dessa festa, elegantemente provida pelo bonitão dos stênceis, a promessa do futebol de botão de Patos, o líbero da conexão bessa-jacumã, Shiko. Segundo o próprio, o flyer vai com a cara dos culpados, que é pra ninguém tirar o corpo fora. Além disso, tem o retrato falado desde que vos escreve por ocasião de sua despedida das redondezas geográficas de nosso convívio.

Pronto. Ficamos assim. Tudo certo, nada combinado e todo mundo na Piollin sábado, em roupa de baile e laiá laiá.

aquele efusivo abraço,
Volante Filipéia
http://volantefilipeia.blogspot.com


Quando:
Sábado agora, dia 4, às 22:00

Onde:
Escola Piollin, ao lado da Bica.

Quanto:
R$5 e um sorriso


Volante Filipéia?
A Volante Filipéia é um coletivo de musicômanos compulsivos que descobriu que as pessoas deixam que eles controlam o som de festas se eles se chamarem de discotecários. Fazendo isso, eles produzem festas de tempos em tempos baseadas na discotecagem de música brasileira lado b, c e d. Tudo que os outros têm vergonha ou não acham que deviam tocar: samba, coco, funk, jazz, lambada, música romântica, carimbó, forró e otras cositas mas. Depois de tocar nas muriçocas do Miramar ano passado, a Volante saiu em turnê em cima do trio elétrico, rodou a bahia e o Amapá e chegou a agradecer mas negar uma participação no show da Calypso no Pará. Depois disso, estão de volta.

Por: Coletivo Volante Filipéia

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sem Horas: Entrevista

Agora chegou a vez da banda mais "velha" do Festival Nordeste Independente.


O Sem Horas é uma banda com uma pegada da década de 50 e 60, a fase mais pop dos Beatles mas sem fechar nenhum casulo musical, ou seja, você pode ver influências desde Beatles a Ronnie Von e Roberto Carlos. Como eles mesmos falam: " é um som para você afastar o sofá e dançar com a senhora sua avó e mãe". Vamos agora as perguntas e respostas desses garotos juvenis que prometem fazer você requebrar o esqueleto no dia 03 de abril.


1 - 2008 foi o ano que o sem horas mostrou serviço: lançaram o primeiro EP, tocaram no Warm Up Do Sol, no Mada, no Festival Aumenta Que É Rock. O que a banda espera para 2009?

Pois é, 2008 foi o ano mais feliz pra banda, nesse sentido, até então. Em 2009 queremos continuar tocando, aqui e em outros estados, divulgando o som para mais pessoas.
Pretendemos lançar o segundo EP no meio do ano, mas sempre existe aquele desejo de lançar um disco cheio, com encarte bonito e tudo mais, o que acredito será possível entre o fim desse ano e o próximo. Ainda vai haver muita dança.


2 - Como vocês enxergam essas novas propostas das bandas se unirem para divulgar seus trabalhos? E como vocês enxergam a participação Sem Horas no Coletivo Mundo? O que esperam?

Isso foi apenas o resultado natural da necessidade. João Pessoa estava (e ainda está) passando por um momento bem carente de espaços voltados pro rock. Falta uma variedade de local e até de público, que compromete o surgimento de algo mais organizado. O Coletivo juntou essa galera que estava com muita vontade de fazer rock e passou a organizar desde os ensaios até os próprios eventos. Esperamos que não só o Sem Horas, mas todas as bandas envolvidas, direta ou indiretamente com o Coletivo, tenham a chance de mostrar o seu trabalho, dialogar com outros estados, fomentar uma cena e formar seu público.


3) Depois de uma pausa de quase 3 meses, o Sem Horas pretende mostrar algo novo para o público pessoense no Festival Nordeste Independente?

Com certeza, esse inclusive foi o motivo dessa nossa “pausa”. Depois de um tempo tocando com freqüência na noite de João Pessoa, sentimos que precisávamos nos renovar até voltar a fazer shows, e o Festival, com certeza, será ótimo nesse sentido. Nesse meio tempo, surgiram várias músicas que estamos aos poucos incluindo no setlist. Pro Nordeste Independente apresentaremos duas dessas novas, “Sem Saída” e “O Ex Namorado”, além de outras que foram criadas depois do EP, como “Não Esqueça os Discos” e “Blue Baião”.
Quem comparecer no Festival vai poder conferir todas essas num show cheio de gás, afinal, já estamos com saudades dos palcos.


Entrevista: João Paulo e Eliseu Lins
Apresentação: João Paulo
Foto: Rosiane Diniz

Por: Coletivo Mundo

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Despedida do Metal na minha vida: Iron Maiden - Hellcife 2009 (Parte II)

Então... como eu ia dizendo...
Luzes apagadas, um som de tempestade, Lauren Harris tava chegando. Abri minha cabeça mais uma vez. Parei por um momento e pensei: e se ela tiver talento mesmo? Filha do baixista do Iron, Steve Harris, pelo amor de deus, ela não pode tá aí só por causa do pai. Mais tarde eu respondo isso.
Sonzera... guitarra cheia de distorção, baixo do caralho e a batera cheia de pegada... o instrumental tava massa e minha expectatica pela voz dela crescia. O baterista lembra Rayan (Nublado) no jeito de tocar, guitarra parecia mais Slash do que o próprio, o baixista era uma mistura de Duff com Motley Crue. Acho que esses caras são a geração que é influenciada pelos anos 80/90. O som deles não é Metal como o do Iron, é mais cru. Mais Heavy Metal e menos Hard Rock, embora a pegada Hard ainda se ouvisse. o que fudeu com a banda inteira foi a voz da Lauren, que não combinava. Jeito de menina revoltada, escandalosa, que inclusive não passava isso na voz... que era doce e não combinava com o instrumental. Menina rica... com sonho de fazer banda... e olhe lá que o Steve tem uma cara de ser um bom pai... em fim!
O que ganhei com o show da Lauren Harris: uma puta dor de cabeça. Comprei um Burn e fui me posicionar pro show dos caras.
21H em ponto, luzes apagadas novamente. Tensão, silêncio no palco, alvoroço do público, mas nada de propagandas psicodélicas. Dessa vez mantiveram a iquietação, era preciso.
No telão surgem imagens da banda com uma música de fundo, o público entra em estado de êxtase... parece um trailler do filme do Iron Maiden, um documentário que foi lançado no rio em março, falando dos bastidores da banda. Mais um, por sinal.
Depois disso, mais tensão e suspense... então entram cenas da segunda guerra mundial, com um discurso, mesma abertura usada pela banda em shows dos anos 80. A primeira música, sendo assim, todos já sabiam qual era, Aces High fez o chão tremer e mostrar que a banda ainda pode.
Não vou falar do show música a música. Mas vou falar do que achei da banda, do público e do concerto:
O Iron Maiden tá velho. Tá mais velho e estão mais experientes. Por isso a alta qualidade de todas as músicas, que se comparadas com os albuns antigos (ao vivo) dão arrepios. Estavam vestidos igual ao show do Rock In Rio III em 2001. Quando lançaram aquele DVD e voltaram a fazer shows memoráveis. Essa tour pelo brasil era a "somewhere back in time", ou seja, só tocariam músicas antigas, nada de albuns dos anos 90 pra cá. Mesmo assim, o show pareceu muito com aquele do RIR 3. Adicionando apenas mais algumas músicas, entre elas The Phantom of The Opera, Powerslave, etc. Quando eu olhava pro telão, parecia que eu tava vendo um show gravado ao vivo em algum outro lugar. As cameras estavam posicionadas da mesma maneira, só que tudo aquilo tava acontecendo bem diante dos meus olhos, ao vivo, em miniatura.
Bruce corria, gritava, pronunciava "Recife" corretamente, disse que agora éramos oficialmente amigos do Iron Maiden e que voltariam em 2011 com album novo. Cumpriram a promessa feita em 2008.
Steve Harris tava lá, atirando em todo mundo com o baixo dele. Adrian Smith e Dave Murray eram os mais quietinhos. Nico ficava escondido atras da bateria e levantou-se duas vezes para distribuir baquetas e sorrisos. É o mais velho da banda, todos tem muito carinho por ele. Destaque especial para Janick Gers, que putaqueopariu!!!!! O cara não se importava se estavam filmando ele ou não (muito profissionalismo??), tava fazendo acrobacia sempre com a sua guitarra. Muito boa a presença dele, como é o terceiro guitarrista da banda, fica mais responsável por efeitos e vizualização do que propriamente música. Tudo faz parte do show!
Músicas não tão dançantes... é um show pra ser visto, apreciado. Por isso fui! Por isso acredito nos caras. Eles ainda são a Old School do Heavy Metal, os precursores do New Wave of British Heavy Metal, por isso detém algo muito bom e puro. Criam também suas viagens, nuances, climas psicodélicos. Há efeitos, teatralidade, performance entre os integrantes. Bruce troca de roupa em The Trooper, põe máscara em Powerslave, agita uma bandeira da Inglaterra, desafia o público, brinca.
É uma banda muito boa, mas sofre um mal que toda banda consagrada deve sofrer, se quiser manter o sucesso: a vida em uma fantasia. Deixe-me explicar:
Todo músico, toda banda, após algum tempo tocando junto, desenvolve habilidades em conjunto, o que acaba a levar a uma evolução no estilo. O metal não é um estilo que proporcione tanto espaço para essas mudanças. A crítica da emprensa e dos fans é muito pesada quando um ou outro album foge do usual. O Iron voltou pro Brasil com uma tour de músicas antigas. As mesmas versões, sem mudar nada. Sinceramente, os caras talvez até gostem, mas eu notei alguns momentos de cansaço da banda. Não de cansaço físico, mas musical. De tá tocando aquela mesma coisa, pela quinta vez seguida só em um país, fora os outros todos, fora todos os outros anos e tous já feitas, em 30 anos de banda. Eles vivem a fantasia criada pelos fans. Pelos Headbangers que criam uma concepção e querem ver aquilo, ou então o show não é garantido. Eu, a julgar pela fase em que me encontro hoje, preferiria que o show tivesse tido algo diferente... uma surpresa, uma brincadeira. Já pensou o boneco gigante do Eddie entrando em meio a outros bonecos do carnaval de Olinda? hahaha, ou ao menos com os braços moles igual a esses bonecos? Mas o fan que é fan realmente não gostaria de ver isso. O que viram foi um show igual a outras centenas de shows do iron. Foda também. Muito bom! Igual as outras centanas de shows deles. Mas no fim das contas, igual! Um filme que retrata muito bem essa problemática é o Rockstar, com Mark Whalberg. Banda com integrantes já velhos, sem a mesma saúde de antes, tocando apenas pra sustentar uma fantasia.
Bem... mesmo me dando conta disso, valeu demais ter visto o show. Tá ali, ter comprado alguns suvenirs, feito alguns bons colegas, possíveis amigos, ter rido, faltado ao trabalho. Dia diferente, algo que eu já pensei, há dois anos atrás... "caralho, quando eu for prum show desse vai ser massa". E foi!
E sobre os Headbangers... ô povinho pitoresco. Gente fina, sim! Caretas, talvez! Ao menos, muitos são. Não sei os de fora, mas os que vi lá eram. Piadas legais, boa conversa... só é ruim quando entram muito a fundo no quesito banda favorita. Estilo nerds, adoradores mesmo. Poderiam ser até chamados de xiitas da música. Fans número 1. Radicais não experimentais. Eu já sabia muito sobre eles. Não me venham falar de não haver segregação entre os estilos de fãs, por que isso existe. Ao menos culturalmente, mas existe... e quase que fisicamente também.
Também haviam os sunitas. Haviam os "trues" e haviam aqueles caras com cabelos sem personalidade, que copraram camisas a 20$ na entrada, colocaram e se sentiram enturmados.
Inclusive... filosofia que herdei desse show: o cabelo é a sua personalidade! Pensem Nisso!
E assim acabou o dia em que, como disse um fã na fila para um jornal de pernambuco: "juntou mais gente do que a própria igreja católica". Como isso foi ao ar não sei. Como também não sei se vão achar esse cara ainda vivo.

Por: JK
Fotos: todas de câmera pessoal: Denise.

Despedida do Metal na minha vida: Iron Maiden - Hellcife 2009 (Parte I)

Acordei as 6:40, pra chegar no ponto combinado as 7:00, mas na real só cheguei as 7:50. Era um ônibus da Tour Azul lotado, com 56 pessoas, das quais eu só "conhecia" no máximo 5. O ponto era um posto em frente a catedral do reino de Deus, na Epitácio Pessoa. Quando estávamos saindo, uma equipe de TV Local queria parar pra fazer uma matéria, mas Denise, nossa organizadora, não deixou. Seguimos viajem.
Clima de descontração, vários shows do Iron Maiden passando no DVD Player no ônibus, durante mais ou menos duas horas de viajem para a Veneza Brasileira. O lance era chegar lá, pegar a fila pra trocar o voucher pelo ingresso e depois pegar a fila pra entrar. O dia ia ser longo, ou não.
Há dois anos não escuto mais Iron Maiden e há dois anos eu não os considero como minha banda preferida. Mesmo assim, quando se tem uma oportunidade de ver um show de rock de verdade, daqueles que a gente vê em vídeos quando somos adolescentes conhecendo tudo isso, desses que a gente vê nos países de fora acontecendo ou num rock in rio impossível de se trazer de volta, é bom aproveitar o fato de ser estudante e ir! E fui!
Contudo, há muito tempo também, foram embora junto com o gosto pela música pesada, as lembranças do público que curte esse tipo de música. Trocando em miúdos... os Headbangers. Abri minha cabeça, joguei fora os estereótipos que eu mesmo tinha criado e fui... de mente e coração aberto... querendo até entender mais tudo o que se passa, a cultura mesmo desse pessoal.
Chegamos em Hellcife, calor da porra, a galera começando a se amontoar ao redor do jokey clube. Ficamos na fila pra trocar os vouchers por ingressos de verdade, não demorou muito, mas realmente tava quente. Comecei a perceber que os recifences vendem de tudo. Artigos da banda era o que mais tinha. Almoço, lanche, cerveja, energético superfaturado, unidade de cigarro, banho... e por aí vai. Antes de passar pra outra fila fomos ao Extra desenrolar o almoço. Me desviei no meio do caminho pra um PF sensacional. Metade do que eu pagaria lá, por muito mais comida e um cafezinho exxxperto no final de tudo. Quando tava atravessando a rua vinha um taxi... e fazendo o mesmo tipo de cálculo que faço em joão pessoa, concluí que dava tempo passar a rua... isso se ele não tivesse acelerado. Os pessoenses geralmente aliviam o pé, deixam você passar tranquilo, mas esses hellcifences pisam na tábua e ái de quem tiver na frente.
Não... não morri... mas tive que dar uma carreirinha, e após meu coração voltar ao normal continuamos a caminha da volta pra fila. Quando voltamos já tinha mais gente. Pessoas gritando: "Metaaaaaaaaaaal" com aquelas vozes agudas. Há realmente uma paixão nisso. Fiquei admirado.
Das 14H as 16H, ficamos lá esperando. Toramos um vinho quente, alternando entre sombra e sol, isso não deve ter feito muito bem.
Pessoas andando, ambulantes, figuras muito pitorescas, novas amizades sendo feitas, velhos amigos sendo encontrados e perdidos, de novo e de novo. Tava legal, e então... a fila se formou e abriram-se os portões.
Em sites diziam que o público poderia entrar com comida, mas não com garrafas. E acreditando nisso levei minha mochila com biscoito, salgados e algo mais. O que eu via eram três barreiras que eu tinha que passar. Na primeira o cara foi logo avisando que eu não poderia entrar com comida. Tinha de comer tudo ali mesmo, ou deixar com ele né, pra depois me devolver (espertinhoooo). Mas consegui passar. A enrolada dele não foi segura e mantive minha posição. Na segunda barreira a mulher perguntou se tinham me revistado e eu disse que sim. Perguntou também o que o sujeito havia dito pra mim, e eu contei-lhe a verdade. Assim que me liberaram pra a terceira barreira, onde eu daria o ingresso e entraria, um terceiro cara chegou pra falar que comida e água eram realmente proibidos. Mas aí eu já tava longe demais, ninguém me pegaria.
Palco lindo, brita fina ao invés de areia no chão, um belo por do sol, pessoas andando alegremente, pois seria uma noite alegre. O lance era sentar em algum lugar, beber algo, se preparar... pois antes dos caras, ainda teríamos que aturar Lauren Harris, a banda de abertura, ou se preferirem, um exemplo clássico de nepotismo no mundo.
Das 17h as 20h ficaríamos ali, meio que confinados. Por isso vou falar agora da questão da produção do show, o que achei:
Principais patrocinadores eram a Burn, bebida energética da coca-cola, e a Heineken. A Burn tava 7$, era uma latinha que despejavam num copo de plástico. Dava metade só. A Heineken tava 4$ e também era uma lata, enchia e era gostosa. Basicamente só deviam vender isso e outras bebidas da coca-cola. Haviam tendas muito bonitas, dá pra ver quando um evento é internacionalmente bem organizado. Pelo o que ouvi, todos os equipamentos eram da banda. Iluminação, palco, som e cenários. O público consegiu ficar quieto até mais ou menos umas 19h. Quando davam algum sinal de alvoroço, a produção do show logo colocava umas propagandas. Inlcusive, duas senhoras propagandas, eu fiquei em extase com a propaganda da Burn que passava, mas tenho lá meus motivos.
Isso aconteceu mais umas duas vezes, até as luzes se apagarem completamente, o poster da Lauren Harris ser colocado lá e alguns técnicos andarem pelo palco. De qualquer maneira, a produção soube muito bem como acalmar os ânimos nervosos dos adoradores do tinhoso, apelido carinhoso que colocamos em nós mesmos.

(continua)...